terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Carpe Diem

 

Dia de chuva

Dia de chuva 
De chuva miudinha 
E apressadas entravam
Pessoas arrepiadas
Que com o olhar
Procuravam um sítio 
Onde se sentar
E aliviadas caíam
Em cadeiras vazias
E ouvia-se falar
Que frio está hoje
E vento?
E a chuva que tão chata é?

E lá do meu canto
Observava
A vida linda lá fora
E ouvia 
As palavras que cortavam o espaço

E o meu coração cantava
E o meu olhar brilhava
E eram tão quentinhas as luvas
Que no meu regaço repousavam
E tão suave o chapéu
Que pingava 
As gotas colhidas há pouco

 Ó almas 
Porque não sois gentis?

O frio sabe tão bem num rosto quente
A chuva é prata e ouro na VIDA
O vento faz-nos sorrir quando nos revolta os cabelos e revira o chapéu de chuva 

Virá a Primavera, o Verão, o Outono 
 com mais dias para colher...

(Celeste Rebordão)


Carpe Diem 

Frase dos poemas latinos do Poeta Horácio nas suas Odes, I, 11, 8 “A Leuconoe” e que significa Colhe o dia presente e sê o menos confiante possível no futuro
Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deuses tenham dado, Leuconoé, nem recorras aos números babilônicos. Tão melhor é suportar o que será! Quer Júpiter te haja concedido muitos
invernos, quer seja o último o que agora debilita o mar Tirreno nas rochas contrapostas, que sejas sábia, coes os vinhos e, no espaço breve, cortes a longa esperança. Enquanto estamos falando, terá fugido o tempo invejoso; colhe o dia, quanto menos confia no de amanhã.