sexta-feira, 31 de março de 2017

Eu amo pessoas felizes,,,



"Eu amo pessoas felizes e extrovertidas. Gosto da gargalhada, gosto quando elas transformam o stress do cotidiano em riso, piadas. Gente que ri das suas próprias dificuldades, que ilumina o ambiente. Sempre que posso escolho ficar ao lado de quem não prende o choro ou a risada com medo do que o outro vai achar." *J. Sfair*


 

terça-feira, 28 de março de 2017

Frases que ficam...

"Não há cicatriz maior (>) do que a de 1 Koração partido"


Esta foi a frase que ficou retida e a bailar no pensamento durante algum tempo. Quanta verdade encerra... A maioria das pessoas poderá associá-la, num primeiro momento, para a dor de uma paixão acabada mas, a mim, leva-me a um plano muito mais profundo...leva-me ao sofrimento que marca para sempre, a cada segundo,,, a dor da partida sem retorno, a dor da incompreensão, a dor da indiferença, a dor da maldade... ... dores que culminam com o afastamento de pessoas e deixam um vazio na alma... 

 Deixam o Koração partido




...torna-se difícil o relacionamento entre pessoas quando muitas X o imperativo interrelacional não é o mais saudável baseado antes na arrogância, na desconfiança, e em juízos comportamentais...
Somos todos iguais mas todos diferentes e é nessa diferença que reside a cor da vida...

Penso muitas vezes
Vezes sem fim
Na tentativa que muitos fazem
De mudar a sua forma de SER
Para agradar aos outros?
Para se parecer normal?
E o que é a normalidade?!
Como é possível,
SER como os outros vêm a normalidade?
Contrariar a própria essência?
Não se é feliz a SER como os outros nos querem ver...
Penso muitas vezes
Porque não SER como somos até ao fim?
MUDAR acontece no profundo do SER
Senão de nada vale
Tarde ou cedo o SER liberta-se
Num grito de liberdade
Para quê a formatação?
Se é na diversidade 
Que está a beleza
De conversar, de olhar... De criar!
(Celeste Rebordão)

segunda-feira, 13 de março de 2017

Ode à PaZ...




Ode à Paz

Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida! 

 
Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"



domingo, 12 de março de 2017

A VidA...

Na tentativa de eliminar uma foto do meu álbum de fotos do google eliminei todo o álbum. Com tempo e muita paciência irei colocar, de novo, todas as outras que faltam nos artigos correspondentes.

A VIDA... As horas... sempre as horas...


quinta-feira, 9 de março de 2017

O tempo e o SEr-se...

 
A pensar como tudo em mim se mantém igual por mais que o tempo "corra ou decorra"...


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Julho 2012

Há dias recebi uma mensagem eletrónica de um amigo de infância, que me incentivava a escrever no meu blog (porque gostava de ler a simplicidade expressa nas palavras) e me questionava sobre o motivo porque estou tanto tempo sem escrever, ultimamente.
Refleti sobre o assunto, como tenho por hábito fazer quando a resposta não surge prontamente. Sei que escrevo sempre que estou tranquila e feliz e também nos momentos de grande dor. Ou seja, escrevo em momentos extremos...do meu sentir e do meu estar... Deixo de escrever quando a dúvida e a incerteza estão instaladas como nuvens cinzentas no caminho... páro de escrever quando inicio a procura de respostas para trilhar mais algum espaço neste andar, que é a vida... Está aí a resposta, querido amigo...
A dúvida e a incerteza tiram-me o equilibrio e torna-se penoso fazer o que me dá prazer... Escrever é uma coisa que amo fazer...e outras, que também estão “adormecidas” até que a LUZ imensa volte...

quarta-feira, 1 de março de 2017

A vida que nos fica...


Ontem despedimo-nos do João "Guião". Menos um rosto a encontrar nas idas a São Vicente, Terra Mãe, mas fica a marca viva do João no meu pensamento e lembrada com gratidão.
Lembro-me da mãe do João, a Senhora Mercês "Alta", ficou-lhe este apelido por ser uma mulher muito alta, usava saias compridas. Recordo o pai de rosto corado, mas esta é uma recordação mais recôndita, não sei porquê.  Lembro-me de dois irmãos da Senhora Mercês que moraram juntos  até ao final da vida, ela Bárbara ele já não recordo o nome.
Mas recordo o João nítidamente nas minhas imagens de criança, quando namorava com a Benvinda pelo telefone público dos meus pais. Lembro-me perfeitamente do seu perfil alto encostado à cabine telefónica a falar durante horas com a Benvinda. A Benvinda era do Mourelo, também já não se encontra entre nós, infelizmente. Tiveram dois filhos, o Luís e o Gilberto. Lembro-me deles, crianças, a brincarem enquanto a mãe lavava a roupa no tanque redondo da quinta... 

Lembro-me tão bem...
Lembro-me tão bem...
Solta-se a lágrima da saudade de tudo o que já foi e já não é...

A vida correu com tantos acontecimentos, tantas memórias e foi passando e nós todos com ela, mas a minha gratidão pelo João deve-se a uma ida a São Vicente já há vários anos.  Estava habituada a conduzir um carro pequeno mas naquele dia levei o carro maior. Ia com a minha irmã mais nova e convencemo-nos que o carro caberia numa rua estreita que levava a casa dela, a Rua  da Corredoura (?). POis bem, mais ou menos no meio do caminho, a rua estreitava ainda mais e apercebemo-nos que não conseguiriamos continuar em frente. Fiquei em pânico porque a minha experiência ainda não era muita e nem havia espaço para ela abrir a porta e sair. Como fazer marcha atrás? Se não batia de um lado acabaria por bater no outro, pensava eu aflita. Mas o João apareceu ao fundo da rua, alto e bem disposto, e disse "está descansada, rapariga, que eu ajudo-te". E assim aconteceu. Foi-me dando indicações calmamente e em pouco tempo estávamos os três a rir do sucedido.

Obrigada, João.